O vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, garantiu nesta terça-feira (2/12) que o volume de financiamentos imobiliários do banco ficará pelo menos no mesmo nível que fechará neste ano. O banco deve concluir 2008 com financiamentos a imóveis na casa dos R$ 22,8 bilhões, o que seu recorde histórico.
"Vamos pelo menos manter o volume, e podemos até aumentar se tiver demanda", disse Hereda. "A meta no ano que vem é manter a mesma aplicação de recursos e as mesmas condições (de juros e prazos)." Segundo o executivo, o banco ainda está montando seu orçamento para 2009, e por isso não sabe ainda qual será o montante destinado para o crédito imobiliário. Porém, disse ele, os estudos preliminares apontam que o volume será até 20% maior do que o deste ano.
Nem mesmo os problemas enfrentados pelas construtoras, que estão reduzindo os lançamentos devido ao medo da redução da demanda, faz Hereda mudar de opinião. "Mesmo que caia o número de lançamentos, há uma alta de financiamento por usados. Sem contar as obras que já estão em andamento, os que serão entregues em 2009 são os que começaram a ser construídos em 2006 ou 2007", lembrou.
Hereda ainda disse que não dá para saber se a crise de crédito ocorrida a partir de setembro atrapalhou o desempenho da Caixa no setor imobiliário, uma vez que todas as previsões do banco para o ramo foram batidas - a primeira previsão era que ficaria em R$ 15,4 bilhões, e deverá fechar o ano nos R$ 22,8 bilhões. "O que a gente estava prevendo para esse ano está acontecendo e até superando, então não sabemos se a crise atrapalhou."