O vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, classificou como "normal dentro das condições de mercado" a operação de empréstimo de R$ 2,02 bilhões junto à Petrobras.
O empréstimo, realizado em outubro, foi usado pela estatal petrolífera para capital de giro, e suscitou dúvidas sobre a saúde financeira da empresa.
"É óbvio que uma grande empresa que captava no exterior, a partir do momento que ocorre uma crise financeira internacional, busque o financiamento dentro do país", disse Hereda em São Paulo durante apresentação dos números do financiamento imobiliário da Caixa em 2008. "Qualquer empresa é assim, têm procurado crédito interno." Hereda confirmou que a Petrobras não foi a única grande empresa a procurar a Caixa para obter crédito nos últimos meses. "Outras empresas também nos procuraram, inclusive aquelas que sempre tiveram algum preconceito com a Caixa porque achavam que a gente não emprestava para empresa grande", explicou.
Questionado se o banco poderia ter deixado de financiar várias pequenas empresas porque deu um empréstimo bilionário, Hereda garantiu que "a Caixa não deixou de atender ninguém por causa da Petrobras". "Temos inclusive um espaço razoável para crescer no crédito comercial e vamos continuar agressivos", disse.