O Ministério do Desenvolvimento estimou em US$ 370 milhões as perdas no mês passado com os embarques não realizados nos principais portos de Santa Catarina - Itajaí e Navegantes - no mês de novembro. No início de novembro, antes das fortes chuvas que atingiram o estado, as exportações diárias na região eram de US$ 31 bilhões. Agora, estão paralisadas.
Os problemas em Santa Catarina também causaram uma redução de US$ 170 milhões nas compras brasileiras. Com isso, a corrente de comércio prejudicada pelo problema atingiu US$ 540 milhões no último mês.
Os portos de Itajaí e Navegantes são responsáveis por quase 4% das exportações brasileiras. Os principais produtos exportados nesses portos são carne de frango e de suíno, fumo em folha, motores, móveis e tratores. As maiores empresas exportadoras no Estado são, pela ordem, Seara Alimentos, Whirlpool, WEG, Sadia, Perdigão e Souza Cruz.
Parte das exportações que sairiam da região está sendo deslocada para São Francisco do Sul (SC), Paranaguá (PR) e Santos (SP). Há, no entanto, o problema de escoamento da produção pelas estradas do Estado, que também estão interditadas em vários pontos.
Além da destruição de parte do porto de Itajaí, há o problema do assoreamento do rio de mesmo nome. Nesse caso, fica prejudicado também o movimento de cargas até o porto de Navegantes, que fica do outro lado do mesmo rio.
O governo federal já liberou R$ 350 milhões para a reconstrução dos dois portos. A expectativa do governo local é de que os portos voltem a ser utilizados em duas semanas. Para o nível de operação de 50% só deve ser alcançado em 30 ou 60 dias, segundo informações repassadas pelo Ministério do Desenvolvimento.
Entre as ações de recuperação, está a demolição e reconstrução de armazéns destruídos pela chuva e a dragagem do rio.