A compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil vai equilibrar a competição entre os grandes bancos brasileiros, disse nesta quinta-feira (20/11) o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
;É boa (a venda) porque equilibra o jogo entre os grandes bancos e aumenta a competição. É bom que o Banco do Brasil e a Caixa sejam instituições fortes, que têm o poder de competir, de modo a beneficiar os correntistas que tomam crédito no mercado;, afirmou o ministro ao comentar a operação.
Na avaliação de Mantega, a compra da Nossa Caixa fortalece os bancos públicos no momento de restrição de crédito. ;É importante num momento de turbulência como esse termos bancos fortes que não sofrem nenhuma restrição de crédito e ajudam a manter o mercado mais sólido.;
O ministro afirmou ainda que a aquisição do banco estadual paulista permitirá ao BB recuperar a posição de segundo maior banco do país, perdida com a fusão entre o Itaú e o Unibanco.
Depois da fusão dos dois bancos privados, o Bradesco, que ocupava a primeira posição passou a segundo maior banco e o Itaú-Unibanco passou a ser o maior banco também da América Latina.
Agora, com a aquisição da Nossa Caixa, o BB passa à segunda posição, depois do Itaú-Unibanco e à frente do Bradesco.
Segundo Mantega, a transação aumentou os ativos do BB de R$ 400 bilhões para R$ 450 bilhões. Ele disse ainda que a medida provisória 443, que autorizou a aquisição de instituições financeiras em dificuldades por bancos públicos, facilitou a compra.
"A MP 443 viabilizou essa operação. Originalmente, o Banco do Brasil compraria ações da Nossa Caixa, mas isso tinha se tornado impossível porque mercado ficou conturbado e os valores patrimoniais ficaram muito defasados", concluiu.