As ações das montadoras General Motors e Ford apresentam nesta quarta-feira (19/11) fortes perdas devido à resistência política em relação ao pacote de ajuda financeira de US$ 25 bilhões para salvá-las.
As ações da GM recuam 15,65%, para US$ 2,61 - o valor mais baixo em 66 anos. Já os papéis da Ford perdem 23,21%, para US$ 1,29, o menor preço em 26 anos. Por sua vez, a Chrysler - que forma com as outras duas empresas o chamado "Big 3" de Detroit, berço da indústria automotiva americana - não possui ações em bolsa.
O preço em queda livre é causada pela declaração do presidente do Comitê de Bancos do Senado dos EUA, Christopher Dodd. Ele disse não acreditar que o Congresso chegará a um acordo sobre o pacote nesta semana.
"Estou ansioso para ver algo ocorrer", disse o parlamentar. "Mas, francamente, a idéia de que isso se transformará em projeto de lei, eu acho, é remota." Os principais executivos das montadoras passaram o segundo dia seguido no Congresso tentando convencer os parlamentares de que o pacote de ajuda é vital para que o setor automobilístico sobreviva à atual crise econômica do país.
O pacote suscita críticas, especialmente dos republicanos. Eles questionam se as montadoras estão saudáveis o suficiente para que não quebrem mesmo com a ajuda - o que deixaria o contribuinte americano sem os recursos enviados para as empresas do setor.