Apesar da crise financeira, a arrecadação de impostos e contribuições continua crescendo. Segundo dados da Receita Federal, foram arrecadados R$ 65,493 bilhões em outubro.
Esse é o melhor resultado desde o registrado em janeiro (R$ 65,515 bilhões), considerando dados corrigidos pelo índice oficial de inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O número representa um crescimento de 17,13% em relação ao mês anterior e de 12,36% em relação a outubro do ano passado, descontada a inflação.
Nos dez primeiros meses do ano, houve um crescimento de 10,33%, acima do registrado até setembro (10,08%), o que mostra aceleração de arrecadação em um momento de crise.
Nesse período, entraram nos cofres públicos R$ 576,6 bilhões em impostos e contribuições, novo recorde, mesmo com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
IOF
Em termos relativos, o imposto cuja arrecadação mais cresceu no ano foi o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que teve suas alíquotas elevadas para compensar o fim da CPMF. A arrecadação subiu 150,46% e chegou a R$ 17,1 bilhões no acumulado do ano. A maior parte desse valor foi pago pelas pessoas físicas que fizeram empréstimos no período.
Em valores absolutos, o principal responsável pela arrecadação recorde foi o Imposto de Renda (pessoa física, empresas e retido na fonte), que respondeu por 28,2% do total. Foram arrecadados R$ 162,7 bilhões, sendo R$ 77 bilhões somente das empresas. A Receita vem justificando os sucessivos recordes alcançados neste ano com base no aumento do lucro das empresas e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas). A segunda maior arrecadação ficou com a Cofins (R$ 102,6 bilhões), outro tributo pago pelas empresas, um aumento de 17,8% sobre o ano passado.
As receitas da Previdência, que respondem por cerca de 25% da arrecadação, cresceram 11,3% no ano e chegaram a R$ 144,4 bilhões.