A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) resiste, por enquanto, à onda de más notícias e mantém o ritmo de recuperação moderada na jornada de negócios desta quarta-feira (19/11). Os investidores permanecem pessimistas sobre os rumos da economia global e hoje mais um indicador reforçou essa percepção: o índice de preços ao consumidor mostrou a pior deflação nos EUA desde 1947. O câmbio alcança R$ 2,35.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, valoriza 1,83% e bate os 34.719 pontos. O giro financeiro é de R$ 823 milhões.
O dólar comercial é comercializado por R$ 2,356 na venda, com avanço de 1,24% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 472 pontos, número 1,28% acima da pontuação anterior.
As Bolsas européias e americanas refletem o mau humor predominante no ambiente de negócios e operam em terreno negativo: em Londres, o índice FTSE cai 2,09%; em Frankfurt, o Dax perde 2,67%. Em Nova York, o mundilamente influente índice Dow Jones inverteu e passa a subir 0,65%.
O indicador CPI, o índice de preços ao consumidor dos EUA, apontou deflação de 1% em outubro. Segundo o Departamento de Trabalho americano, trata-se da maior queda para este indicador desde fevereiro de 1947. Em setembro, o mesmo índice havia ficado estável. O mercado também deve ficar atento à divulgação da minuta do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês, equivalente ao Copom no Brasil), previsto para as 17h (hora de Brasília). O documento deve trazer as análises dos integrantes do Fed (banco central americano) sobre a economia dos EUA.
Entre outras notícias, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desemprego recuou de 7,6% em setembro para 7,5% em outubro. É o melhor resultado para um mês de outubro, e o segundo melhor da série --iniciada em março de 2002 -, atrás apenas de dezembro de 2007 (7,4%).