As Bolsas européias operam em baixa nesta quarta-feira (19/11). As quedas nas ações do setor financeiro, a queda de preços das commodities e a situação crítica em que se encontram as fabricantes de automóveis nos EUA puxam os mercados financeiros europeus para baixo. Na Ásia, o humor dos investidores também anda em baixa; com o Japão em recessão e a perspectiva de uma recessão global, as Bolsas da região tiveram outro dia fraco.
Às 8h01 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 1,89% no índice FTSE 100, indo para 4.129,17 pontos; a Bolsa de Paris caía 1,33% no índice CAC 40, indo para 3.174,72 pontos; a Bolsa de Frankfurt recuava 1,24% no índice DAX, operando com 4.522,64 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 1,02% no índice AEX General, que estava com 248,07 pontos; a Bolsa de Zurique estava em baixa de 0,70%, com 5.635,77 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 0,86% no índice MIBTel, que ia para 15.593 unidades.
Na Ásia e região, a Bolsa de Tóquio (Japão) fechou com queda de 0,66%. A Bolsa de Seul (Coréia do Sul) teve queda de 1,87%; e a de Hong Kong recuou 0,77%. Na Austrália, a Bolsa de Sydney caiu 0,85%. A exceção foi a Bolsa de Xangai (China), que subiu 6,05%, puxada pelas altas dos papéis das fabricantes locais de automóveis. Para analistas, especuladores vêem o crescimento das empresas chinesas no mercado mundial com a crise nas companhias americanas.
"Há muita preocupação com a queda das três grandes fabricantes de carros nos EUA e isso afasta os investidores das compras [de ações]", afirmou Katsuhiko Kodama, da Toyo Securities em Tóquio. "Qualquer falência das fabricantes derrubaria as Bolsas, o que atingiria outras montadoras, causando um corte generalizado de empregos e a piora da crise." Em Nova York, ontem, o índice Dow Jones Industrial Average fechou com alta de 1,83%, enquanto o indicador S 500 subiu 0,98%. O mercado Nasdaq avançou 0,08%, aos 1.483,27 pontos. As Bolsas americanas tiveram uma sessão instável, com o mercado temeroso e indeciso entre o otimismo da HP e um clima mais cauteloso diante das perspectivas negativas para a economia mundial.
Ontem, os presidentes executivos da General Motors, Ford e Chrysler pediram ao Congresso dos EUA a duplicação da ajuda concedida ao setor automobilístico, depois da liberação de uma verba de US$ 25 bilhões em setembro, a fim de manter a viabilidade do setor automobilístico no país, onde a turbulência financeira derrubou a venda de carros e ameaça as sobrevivência das companhias.
Uma eventual quebra da Ford provocaria a supressão de pelo menos 75 mil empregos diretos e indiretos em 25 Estados do país, segundo estudo da empresa apresentado ontem pelo "The Wall Street Journal".
O barril do petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a tendência de baixa ontem, quando foi vendido a US$ 46,55 - US$ 1,41 a menos que na sessão anterior -, informou hoje o secretariado da organização em Viena. Com isso, o valor do barril (de 159 litros) que a Opep usa como referência acumula uma baixa de 67% desde o dia 2 de julho, quando bateu seu recorde histórico ao ser cotado a US$ 140,73.
As ações da Woodside Petroleum, na Austrália, caíram 3%. As da mineradora britânica BHP Billiton caíam 4,1%, e as da Oz Minerals caíam quase 14%.