O primeiro pregão da semana foi marcado pela confirmação de que mais uma economia central caiu em recessão: o governo japonês confirmou hoje a contração do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) no terceiro trimestre deste ano. A bolsa brasileira acompanhou de perto o mau humor predominante em Wall Street, em mais um pregão bastante esvaziado, com giro inferior a R$ 4 bilhões. O câmbio ficou bastante pressionado pela manhã, mas fechou a R$ 2,27.
O termômetro da bolsa, o Ibovespa, teve perdas de 0,20% no fechamento, aos 35.717 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,88 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York, que ainda opera, está em baixa.
O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,277 para venda, em alta de 0,30% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 455 pontos, número estável sobre a pontuação anterior.
Notícias do dia
Entre as principais notícias do dia, o governo japonês comunicou que o PIB nacional sofreu uma contração de 0,1% no terceiro trimestre, tecnicamente colocando o país em uma recessão. Na semana passada, a Alemanha, a Espanha, entre outros países europeus, também admitiram que caíram em recessão a partir do terceiro trimestre deste ano.
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) revelou que a produção industrial dos EUA teve um incremento de 1,3% em outubro, ante um declínio de 3,5% verificado em setembro.
E, ainda nos EUA, investidores e analistas acompanham o "drama" da indústria automobilística, que reivindica auxílio financeiro do governo para não quebrar, a exemplo da gigante General Motors. Há, no entanto, complicações políticas, com um "racha" entre democratas e republicanos, a exemplo do pacote de US$ 700 bilhões aprovado com dificuldades no Congresso americano.
No setor financeiro, o banco Citigroup deve anunciar ainda hoje, segundo a imprensa americana, uma demissão de até 50 mil pessoas, em mais um desdobramento da crise dos créditos "subprime".
Front doméstico
No front doméstico, a companhia aérea Gol informou um prejuízo de R$ 474,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, mais uma vez, como resultado do impacto da brusca valorização do dólar sobre o caixa da empresa. No terceiro trimestre do ano passado, a companhia havia apurado ganho de R$ 49,41 milhões.
O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro começou a rever para cima suas projeções para a taxa de câmbio: a cotação prevista para dezembro subiu de R$ 2,06 para R$ 2,10.