Jornal Correio Braziliense

Economia

Economistas apostam em dólar a R$ 2,10 no fim do ano, diz pesquisa do BC

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Economistas ouvidos pelo Banco Central esperam que a cotação do dólar termine o ano em R$ 2,10. Segundo a pesquisa semanal Focus, na semana anterior, as previsões estavam em R$ 2,05. Para o fim de novembro, a estimativa passou de R$ 2,10 para R$ 2,15, abaixo do fechamento da moeda na última sexta-feira, de R$ 2,27. Para o final de 2009, a expectativa subiu de R$ 2,01 para R$ 2,10. As previsões de inflação feitas pelos economistas ouvidos pelo BC ficaram praticamente estáveis na última semana. A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2008, que serve como meta para o BC, passou de 6,40% para 6,39%. O resultado mostra que o resultado pode ficar acima do teto da meta de inflação neste ano. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para o próximo ano, a taxa prevista ficou em 5,20%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses passou de 5,38% para 5,37%. A previsão para outros índices de inflação em 2008 também teve poucas alterações na pesquisa. A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) em 2008 subiu de 10,95% para 10,97%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve a previsão mantida em 11,07%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) passou de 6,54% para 6,56%. Para 2009, a previsão para o IGP-DI ficou em 5,80%. A do IGP-M subiu de 5,85% para 6%. A do IPC-Fipe, de 4,70% para 4,72%. Juros Houve poucas mudanças nas previsões para a taxa básica de juros. Há três semanas, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) decidiu manter a taxa Selic inalterada em 13,75% ao ano. Os economistas esperam agora que o Copom também mantenha os juros estáveis na reunião de dezembro, a última deste ano. Para o final de 2009, a média das previsões passou de 13,25% para 13,31% ao ano. Em relação ao crescimento da economia, foi mantida a previsão de uma expansão de 5,23% neste ano. A expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas) em 2009 ficou em 3%. Outros indicadores A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 caiu de US$ 23,82 bilhões para US$ 23,78 bilhões. Para 2009, passou de US$ 13,03 bilhões para US$ 13,32 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 30 bilhões. Para 2009, em US$ 31,65 bilhões. Foi mantida a expectativa de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões em 2008. Para 2009, caiu de US$ 26 bilhões para US$ 25 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB caiu de 39,05% para 39,04% (2008) e de 38,5% para 38% (2009).