O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, advertiu as autoridades do mundo contra o protecionismo neste sábado (15/11) em Washington, antes do início da reunião do G20 para abordar a crise econômica global.
"Um dos perigos durante uma crise como esta é que as pessoas comecem a implementar políticas protecionistas", disse Bush à imprensa antes da reunião de cúpula do G20.
"Obviamente, já sabemos, esta crise não acabou", alertou. "Porém, estou feliz de que os dirigentes tenham reafirmado os princípios de abertura e de livre mercado".
"Foram obtidos alguns progressos, mas ainda há muito trabalho por fazer. À noite tivemos uma discussão boa e franca (durante um jantar com chefes de Estado e de Governo). Estou com expectativas pelas discussões de hoje".
Os comentários foram feitos no momento em que os 153 países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) podem tentar, antes do fim do ano, desbloquear as intermináveis negociações para liberalizar o comércio mundial.
Uma reunião ministerial em julho dentro da OMC fracassou em conseqüência das divergências entre países ricos e em desenvolvimento sobre a agricultura.
Os negociadores esperam um sinal por parte da reunião do G20, que pediria a conclusão da rodada de Doha, iniciada em 2001 na capital do Qatar com a intenção de colocar o livre comércio a serviço do desenvolvimento dos países pobres.
A reunião de cúpula do G20 agrupa o G8 (Alemanha, França, Estados Unidos, Japão, Canadá, Itália, Grã-Bretanha e Rússia), a União Européia e 11 países emergentes (Argentina, Austrália, Arábia Saudita, Brasil, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Turquia). Espanha e Holanda, que não integram o grupo, participam também a convite da França.