O dólar comercial foi negociado a R$ 2,270, baixa de 4,13%, nas últimas operações registradas nesta sexta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,420, em declínio de 2,02%. Em uma semana um pouco mais volátil que as anteriores, a taxa de câmbio valorizou 5,09%.
O Banco Central realizou seu habitual leilão de contratos de "swap" cambial, que oferecem proteção contra as oscilações do dólar. Os bancos tomaram todos os 14 mil contratos oferecidos pelo BC, numa operação de US$ 688,7 milhões.
O mercado devolveu os exageros da jornada de ontem, quando a taxa de câmbio disparou bem perto do encerramento dos negócios. Operadores salientam que o mercado trabalha num ambiente de incertezas, sem definir uma tendência para as taxas e bastante influenciado por movimentos especulativos, principalmente no mercado futuro da BM.
Corretores têm destacado que a formação dos preços da moeda americana têm sido influenciado fortemente pelas apostas no fortalecimento do dólar por investidores estrangeiros, que mantém posições na Bolsa de Mercadorias & Futuros e atuam no mercado à vista.
Esses profissionais também afirmam que o fluxo tem se tornado bastante estreito nas últimas e predominantemente negativo. Na Bolsa de Valores, as saídas (vendas) superam as entradas já pelo sexto mês consecutivo.
Nesse sentido, a atuação do Banco Central é considerada necessária por alguns operadores. Segundo eles, com a atual aversão ao risco pelos agentes financeiros, o dólar estaria muito mais alto sem as intervenções diárias da autoridade monetária.