Jornal Correio Braziliense

Economia

Setor de serviços puxa crescimento do PIB nas Regiões Norte e Nordeste

;

O comércio impulsionou a economia das Regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2002 e 2006. A atividade foi a principal responsável pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) das duas regiões. No período, todos os estados da Região Norte e a maior parte dos do Nordeste cresceram acima da média nacional (3 5%). As informações constam da publicação Contas Regionais do Brasil divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que sete estados e o Distrito Federal ainda concentram cerca de 80% do PIB, mas que no período avaliado houve desconcentração da participação das regiões na economia brasileira. Os oito estados não são os que mais crescem, mas são os mais ricos, disse o economista Frederico Cunha, ao apresentar a pesquisa. Estamos percebendo que a economia avança para outros estados, principalmente no setor de serviços e com algumas indústrias, que começam a aparecer mais perto da matéria-prima agrícola, disse. No Norte e no Nordeste, além do setor de serviços, do qual o comércio faz parte, o IBGE registrou bom resultado no setor agropecuário, com destaque para a produção de cana-de-açúcar e de frutas. Isso todos os anos, ou seja, os estados do Norte e do Nordeste já vêm tendo bom desempenho na indústria de alimentos e bebidas, completou Cunha. Segundo ele, ainda é possível relacionar ao avanço do setor de serviços nas regiões os programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família. Observamos diretamente o crescimento do comércio nas regiões. Lógico que o emprego e as transferências fizeram com que houvesse um dinamismo forte da atividade. No período de 2002 para 2006, o setor de serviços avançou de 4 2% para 4,6% na composição do PIB nacional na Região Nordeste e de 13,3% para 13,6% na Região Norte. O estado com maior crescimento médio no período foi Tocantins (7,3%), seguido pelo Amapá (7%) e pelo Amazonas (6,9%). Tiveram crescimento menor o Rio Grande do Sul (1,7), o Rio de Janeiro (2 2%) e o Paraná (2,9%). A pesquisa do IBGE mostra também que o Distrito Federal tem o maior PIB per capita do país (R$ 37.600). O valor é três vezes a média nacional e quase o dobro do segundo lugar, São Paulo, com R$ 19.548. O Rio de Janeiro vem em seguida, com R$ 17.695.