O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos cresceu em 32 mil na semana encerrada no último 8, totalizando 516 mil solicitações iniciais do benefício. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13/11) pelo Departamento do Trabalho.
Na semana imediatamente anterior, o número de pedidos iniciais ficou em 484 mil, após revisão. A média quadrissemanal, que atenua as volatilidades das leituras semanais, ficou em 491 mil, um aumento de 13.250 pedidos em relação à média do período imediatamente anterior, 477.750.
O dado reforça os temores de que a economia americana já esteja em recessão. No trimestre passado, o Produto Interno Bruto (PIB) teve contração de 0,3% e as previsões para o quarto trimestre são de uma nova queda. Uma recessão se caracteriza por dois trimestres consecutivos de retração.
A leitura semanal já vinha sendo tomada como sinal de recessão há meses; números acima de 400 mil pedidos são vistos pelos economistas como indicadores de uma economia em declínio.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) calcula que os Estados Unidos terão uma contração de 0,9% no PIB no próximo ano, segundo projeções divulgadas hoje.
No mês passado, a economia americana eliminou 240 mil postos de trabalho, marcando o décimo mês consecutivo de fechamento de vagas no país. A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 6,5% no mês passado, contra 6,1% em setembro. Trata-se da pior taxa desde fevereiro de 1994, quando ficou em 6,6% --em março daquele ano, a taxa também ficou em 6,5%.