A empresa austríaca Wienerberger, líder mundial na fabricação de tijolos, anunciou nesta quarta-feira (12/11) que deverá fechar 27 de suas 200 fábricas no mundo por causa da crise no setor da construção.
A companhia, com sede em Viena, informou em comunicado que seu Ebitda (resultado antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 23% no terceiro trimestre, até alcançar 129,1 milhões de euros (US$ 161,37 milhões), enquanto o faturamento se estagnou em 663,144 milhões de euros (US$ 828,9 milhões).
Nos primeiros nove meses do ano, a empresa registrou Ebitda de 364,684 milhões de euros, 14% a menos do que no mesmo mês do ano passado, com faturamento de 1,925 bilhão de euros, 2% a mais do que em 2007.
A Wienerberger fala de "um deteriorado entorno econômico", por isso prevê queda de 20% do Ebitda de 2008 em relação ao de 2007.
Para enfrentar esta perspectiva, a empresa promete a seus acionistas reduzir suas despesas fixas o mais rápido possível, fechando nos próximos dois meses suas 27 fábricas mais antigas, o que deixará 1,4 mil funcionários desempregados.
A dívida acumulada pela empresa está atualmente em 897,017 milhões de euros. Para poder reduzir o nível de endividamento, a Wienerberger prevê novos investimentos de 180 milhões de euros para 2009, após investir mais de 550 milhões de euros este ano.
O executivo-chefe da Wienerberger, Wolfgang Reithofer, diz no relatório financeiro que, "nestes momentos de incerteza a prioridade máxima é manter a liquidez."