Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa perde 1,66%; dólar sobe 2,42%, a R$ 2,279

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O pessimismo dos investidores a respeito da economia global contamina a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde os primeiros negócios desta quarta-feira (12/11). Hoje, indicadores europeus e balanços de empresas com perdas bilionárias contribuem para derrubar as Bolsas de Valores. A aversão ao risco continua alta, o que impulsiona a valorização do dólar: a taxa de câmbio atinge R$ 2,279. O "termômetro" da Bolsa, o Ibovespa, desvaloriza 1,66% e marca 36.643 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 1,32%. O dólar comercial é cotado a R$ 2,279 para venda, o que significa um acréscimo de 2,42% sobre a cotação de ontem. O Banco Central já entrou no mercado com um leilão de moeda e prevê para as 12h45 um leilão de contratos de "swap" cambial. O mau humor nos mercados já foi sentido entre as Bolsas asiáticas, onde o índice de ações japonês Nikkei perdeu 1,29% e a Bolsa de Hong Kong cedeu 0,73%. Na Europa, a Bolsa de Londres sobe 0,73% enquanto o mercado de Frankfurt sofre queda de 0,26%. Hoje, a principal notícia vem do Reino Unido, onde o governo divulgou que o contingente de desempregados atingiu a marca histórica de 1,825 milhão de pessoas até setembro. Segundo o banco central inglês, a economia do Reino Unido teve uma contração de 0,5% no terceiro trimestre deste ano e que uma recuperação somente deve ocorrer no segundo semestre de 2009. Entre outras notícias, o banco holandês ING reportou prejuízo de US$ 598,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante lucro de US$ 2,88 bilhões em idêntico período em 2007. Outro banco europeu também anunciou fortes perdas no trimestre: o alemão Hypo Real Estate, que revelou prejuízo de US$ 3,88 bilhões. O banco está entre as instituições européias mais afetadas pela nova fase da crise financeira, iniciada em setembro com a quebra do banco americano Lehman Brothers. No Brasil, A BM-Bovespa, empresa que administra as duas principais Bolsas de Valores do país, apurou lucro líquido de R$ 235,6 milhões no terceiro trimestre deste ano. O crescimento no período foi de 42,6% sobre o trimestre anterior. E ontem à noite, a Petrobras comunicou um lucro líquido de R$ 10,85 bilhões, acima das projeções dos analistas financeiros (que estimavam, no máximo, resultado de R$ 10,5 bilhões). O resultado representa um crescimento de 96% sobre o ganho apurado no terceiro trimestre do ano passado.