Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa valoriza 6,05%; dólar fecha a R$ 2,112

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve encerrar o segundo pregão de novembro com forte alta, favorecida pelo dia de recuperação nas bolsas internacionais. Nos EUA, os investidores se animaram com a perspectiva da eleição de um novo mandatário para a Casa Branca. Para analistas, a troca de presidentes deve ser o sinal de novas medidas para enfrentar a crise financeira, que já se espalhou para "a economia real". O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, ascende 6,05% e marca os 40.564 pontos. O giro financeiro é de R$ 50,4 bilhões. O dólar comercial foi cotado a R$ 2,112 para venda, em declínio de 2,58%. A taxa de risco-país marca 443 pontos, número 0,91% acima da pontuação anterior. Em um mercado de tom mais otimista, as Bolsas européias fecharam com forte alta, a exemplo de Londres (4,42%), Paris (4,62%) e Frankfurt (5%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York ganha 2,39%. Notícias do dia Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que os pedidos industriais caíram 2,5% em setembro. Trata-se a maior queda desde que o índice é publicado em sua forma atual, em 1992. No front doméstico, apesar da crise financeira, a produção industrial do país acelerou 1,7% em setembro frente ao mês anterior, recuperando queda de 1,2% em agosto, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O faturamento da indústria brasileira voltou a crescer em setembro, depois da queda registrada em agosto. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que o faturamento cresceu 10,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e 2% entre agosto e setembro (dado dessazonalizado, que não considera fatores específicos do período). Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) apontou avanço nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na quadrissemana encerrada em 31 de outubro. O indicador geral apresentou inflação de 0,47%, ou 0,13 ponto percentual acima da apurada com na quadrissemana até 22 de outubro. O indicador é o maior desde julho de 2008, quando registrou inflação de 0,53%. Empresas A Aracruz admitiu hoje um prejuízo de US$ 2,13 bilhões devido a suas operações com câmbio no mercado financeiro. Segundo a empresa, o pagamento desses valores serão negociados com os bancos com quem realizou essas operações até o final de novembro. A Embraer, por sua vez, anunciou na noite de ontem que teve prejuízo de R$ 48,4 milhões no terceiro trimestre de 2008, contra lucro de R$ 306 milhões no mesmo período do ano passado e de R$ 176,3 milhões no segundo trimestre. As perdas com variações cambiais foram determinantes para o resultado. Já o banco Itaú, que ontem anunciou a fusão com o Unibanco, confirmou que obteve lucro de R$ 1,848 bilhão no terceiro trimestre deste ano, com quedas de 9,5% sobre o obtido no segundo trimestre e de 23,9% sobre o obtido no terceiro trimestre do ano passado. Os números já foram adiantados no mês passado, em caráter preliminar e não auditado.