Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas na Europa e Ásia operam sem tendência, à espera das eleições nos EUA

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As principais Bolsas européias e asiáticas operam nesta terça-feira (4/11) sem tendência definida, com os investidores ansiosos pelos resultados das eleições nos Estados Unidos, com a disputa presidencial entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain. Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou com expressiva alta de 6,27%; em Hong Kong, a alta foi de 0,28%; a Austrália registrou perdas de 0,08%; em Xangai, o mercado recuou 0,76%. Já em Seul (Coréia do Sul), o mercado teve ganho de 2,15%, e em Cingapura recuou 2,16%. Já na Europa o clima é um pouco mais otimista. Apenas o índice FTSE, da Bolsa de Londres, recuava 0,37%, para 4.426,73 pontos. A Bolsa de Paris subia 0,56% no índice CAC 40, indo para 3.547,51 pontos; a Bolsa de Frankfurt subia 0,19%, indo para 5.036,46 pontos; a Bolsa de Milão tinha alta de 1,54% no índice MIBTel, indo para 17.013 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha ganho de 0,59%, indo para 274,61 pontos no índice AEX General; e a Bolsa de Zurique tinha alta de 0,63% no índice Swiss Market, que ia para 6.272,90 pontos. Apesar do tom mais otimista do que pessimista neste momento nos mercados europeus e asiáticos, o giro dos negócios é fraco devido à ansiedade pelas eleições presidenciais americanas. No Japão o bom humor dos investidores tem motivos mais específicos. As negociações em Tóquio se centraram nas ações da Panasonic e Sanyo, já que a imprensa japonesa garantiu que a primeira fará esta semana uma oferta pública de aquisição amistosa para comprar a segunda, o que criaria a maior fabricante de produtos eletrônicos do Japão, à frente de Hitachi e Sony. Os dados macroeconômicos nos EUA também estão na agenda. Hoje as montadoras divulgam as vendas de veículos no país, e uma queda muito acentuada pode trazer de volta aos mercados o fantasma da recessão. Esse temor é o que faz a Bolsa de Londres recuar. O medo de uma desaceleração econômica atinge os preços das commodities, que por sua vez derrubam os papéis de mineradoras e petrolíferas. A queda em outubro da atividade na indústria norte-americana, publicado nesta segunda-feira (3/11) pela associação profissional ISM (Institute for Supply Management), colabora com essa visão. O índice ISM industrial ficou situado em 38,9 pontos contra 43,5 em setembro. A queda é maior que a previsto pelos analistas, que esperavam um índice de 42 pontos. Um índice abaixo dos 50 pontos reflete uma contração da atividade no setor. "Todos os olhos estão nas eleições nos EUA, mas eles estão em um cenário de dados fracos, com os dados do ISM acrescentando um tom negativo e reduzindo o preço das commodities, que por sua vez fazem cair as ações de mineradoras", disse Keith Bowman, estrategista de investimento da Hargreaves Lansdown."