Os gastos dos consumidores nos EUA tiveram um decréscimo de 0,3% em setembro, a maior queda em quatro anos. Segundo o Departamento de Comércio, somente os gastos com bens duráveis sofreram uma retração de 7,4% neste mês. Já os gastos com bens não-duráveis tiveram um declínio de 1,4%.
Já o nível de renda das famílias americanas teve um incremento de 0,2% em setembro, o menor ritmo de crescimento desde abril.
O índice de preços PCE aumentou 0,1% em setembro, ante uma variação inferior a 0,1% em agosto. O núcleo do PCE, que exclui do cálculo geral os preços de energia e comida, apontou um aumento de 0,2% em setembro, a mesma variação vista em agosto.
O PCE é um dos indicadores de inflação mais importantes para fundamentar as decisões do banco central americano. Nesta quinta-feira (30/10), o mesmo Departamento de Comércio havia informado que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos encolheu 0,3% no terceiro trimestre. Trata-se da primeira retração no nível de atividade econômica do país desde a queda de 0,2% no quarto trimestre de 2007, e o pior resultado desde a baixa de 1,4% verificada no terceiro trimestre de 2001, quando os EUA sofreram uma aguda crise.
Os gastos do consumidores americanos - que respondem por dois terços da economia dos EUA - tiveram retração de 3,1% no trimestre passado, contra alta de 1,2% um trimestre antes e 2% de crescimento no terceiro trimestre de 2007.