O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu que o crescimento brasileiro deverá cair no ano que vem. Ele negou, no entanto, ser necessárias grandes mudanças no orçamento por causa disso. "Eu acho que vai ficar perto dos 4% ou até um pouco menos", disse.
Segundo o ministro, há espaço para cortes nos recursos que hoje são usados para a formação do superávit primário e que estão acima da meta. Ele disse que a meta para o ano que vem é de 3,8% e que o superávit primário nesse ano já está acima de 5%.
"Provavelmente não vamos fazer tanto superávit a mais. Se precisar fazer cortes, provavelmente serão em investimentos que não estão no PAC", completou.
Bernardo reafirmou que não serão cortados nem recursos do programa nem da área social, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse ainda que a crise financeira está sendo superada, mas que haverá recessão nos Estados Unidos.
"A crise do ponto de vista financeiro começa a ser superada. No Brasil, nós teremos menos crescimento, mas de jeito nenhum recessão", completou.