Jornal Correio Braziliense

Economia

Superávit primário cresce 56% com arrecadação recorde

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A arrecadação recorde de imposto garantiu mais uma vez um superávit primário expressivo para o governo central, que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência. A economia feita para pagar os juros da dívida foi de R$ 6,007 bilhões em setembro e chegou a R$ 80,8 bilhões no acumulado de 2008. No ano, houve um crescimento de 56,8%. O superávit primário é a diferença entre as receitas líquidas do governo e as despesas. Até setembro, as receitas líquidas subiram 17,4%, para R$ 432,1 bilhões, impulsionadas pela arrecadação de impostos, que cresce em um ritmo equivalente ao dobro do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país). As despesas do governo subiram 11% no mesmo período, para R$ 351,3 bilhões. *Desaceleração* O superávit primário acumulado até setembro pelo governo central equivale a 3,81% do PIB estimado para o período. Esta é a segunda desaceleração, nessa comparação, em relação ao resultado de janeiro a agosto, que representava 3,99% do PIB, e de janeiro a julho, quando anotou 4,19% do PIB. Setembro Somente no mês de setembro, o superávit primário foi de R$ 6,007 bilhões, abaixo dos R$ 6,3 bilhões registrados no mês anterior dos R$ 7,2 bilhões de julho. O resultado do mês se deve, principalmente, ao Tesouro Nacional, que teve um superávit de R$ 13,6 bilhões. A Previdência e o BC, por outro lado, tiveram déficit de R$ 7,4 bilhões e R$ 139,9 milhões, respectivamente. As receitas líquidas subiram de R$ 46,4 bilhões para R$ 50,5 bilhões na comparação entre agosto e setembro. As despesas do governo também subiram de R$ 40,1 bilhões para R$ 44,5 bilhões. Ainda será divulgado o superávit primário do setor público, que também inclui as contas dos Estados, municípios e estatais.