A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) reage bem à divulgação do PIB americano, logo nos primeiros negócios desta quinta-feira. O decréscimo do produto americano foi menor do que o esperado por analistas do setor financeiro. O câmbio cede para R$ 2,12.
O governo dos EUA divulgou hoje que o PIB encolheu 0,3% no terceiro trimestre deste ano. Trata-se de um número preliminar, que deve ser novamente revisado no dia 25 de novembro. Economistas do setor financeiro esperavam um decréscimo da ordem de 0,5%.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valoriza 3,07% para os 35.916 pontos. Ontem, a Bolsa fechou com forte alta de 4,37%.
O dólar comercial é cotado a R$ 2,120 na venda, o que representa um decréscimo de 1,07% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 476 pontos, número 2,25% abaixo da pontuação anterior. O Banco Central programou um leilão de "swap" cambial para as 12h45, com oferta de 30 mil contratos.
As Bolsas européias ainda operam com valorização, a exemplo de Londres (2,35%), Paris (1,84%) e Frankfurt (3,96%). Na Ásia, os mercados já fecharam, ainda repercutindo o dia positivo de ontem em Wall Street: em Tóquio, a Bolsa local fechou com avanço de quase 10%.
Ontem, o mercado recebeu bem a notícia de que o Federal Reserve (banco central americano) reduziu a taxa de juros local de 1,5% ao ano para 1%, em linha com as expectativas dos analistas, deixando a "porta aberta" para novos ajustes. Economistas esperam uma onda mundial de relaxamento da política monetária, como forma de estimular a economia global, à beira de recessão: tanto o BCE (Banco Central Europeu) quanto o BoJ (banco central japonês) já sinalizaram que seguir o exemplo do "Fed" americano em suas próximas decisões de política monetária.
No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, como esperado. O curto comunicado divulgado após a reunião deixou o mercado dividido entre aqueles que ainda vêem espaço para uma redução da taxa ainda neste ano, e aqueles que não descartam até mesmo uma retormada do ciclo de alta na próxima reunião, marcada para dezembro.
A expectativa se concentra agora sobre a ata da reunião de ontem, que será divulgada na semana que vem.
Entre as primeiras notícias do dia, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou que a inflação medida pelo IGP-M, utilizado para o reajuste dos aluguéis, teve alta de 0,98%, ante 0,11% em setembro. Analistas do mercado esperavam uma variação de 0,95%.
Empresas
A Sadia divulgou ontem à noite que apurou um prejuízo líquido de R$ 777,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, provocado pelos investimentos da empresa em derivativos cambiais e aplicação em instituições americanas que apontaram prejuízo com a crise econômica global.