São Paulo - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, nos atuais 13,75% ao ano desagradou a indústria de transformação paulista. Na avaliação do setor, o Brasil deveria seguir o comportamento dos Estados Unidos, onde houve um corte da taxa de 1,5% para 1%. ;No quadro em que se encontra a economia, a medida não favorece o país;, diz, em nota, o presidente da Federação da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), Paulo Skaf.
De acordo com a nota, ;os demais bancos centrais do mundo estão indicando possibilidade de redução de taxa de juros, excluindo apenas os países em dificuldades financeiras, o que, decididamente, não é o caso do Brasil;. Skaf fez uma ressalva, destacando que o fato de ter sido interrompida a sequência de alta deve ser bem recebido ;desde que seja o início de um processo de queda continuada dos juros, fator essencial à retomada do crédito;. Só assim, acredita o líder empresarial, o país conseguirá evitar ;uma freada da atividade econômica;.
Paulo Skaf afirma ainda que os efeitos da crise financeira internacional, como a falta de crédito e a ; consequente redução da atividade econômica, chegaram por outra via, isto é, o medo de risco dos agentes produziu a redução e o encarecimento do crédito, muitos maiores que o pretendido pelo Copom no processo do aumento da Selic;.