A cena externa ajuda a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a recuperar terreno nesta terça-feira (28/10), após a seqüência de cinco dias de perdas, em que acumulou retração de 25,4%. Os investidores operam com cautela à espera da chamada "super-quarta", que prevê a divulgação de vários indicadores econômicos, além das reuniões do "Fed" (o banco central americano) e do Copom, no Brasil.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, ganha 2,17% e bate os 30.073 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,53 bilhão. Nos EUA, no epicentro da crise, a Bolsa de Nova York avança 1,18%.
A ação preferencial da Petrobras, o papel mais movimentado pelos investidores, tem alta de 0,99%, amenizando os fortes ganhos observadores na parte da manhã.
O dólar comercial é cotado a R$ 2,160 na venda, com decréscimo de 3,74% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 573 pontos, número 5,60% abaixo da pontuação anterior.
As Bolsas européias concluíram os negócios em direções distintas: no mercado londrino, o índice FTSE registrou leve alta de 0,03%; em Frankfurt, o índice Dax valorizou 5%, enquanto em Paris, o índice Cac teve leve ganho de 0,06%. O mercado continua bastante volátil, sem que investidores consigam superar as incertezas acarretadas pela ameaça de uma recessão global. Os investidores também aguardam o resultado das reuniões do Copom brasileiro e do banco central americano (o Federal Reserve), que anunciam suas decisões sobre política de juros dos respectivos países, na quarta-feira. Economistas do setor financeiro esperam que o Copom mantenha a taxa Selic em 13,75%, diante do turbulento cenário mundial. Nos EUA, a expectativa se concentra por um novo corte dos juros americanos, provavelmente de 1,50% ao ano para 1,25%.
O grupo Santander anunciou lucro líquido de aproximadamente US$ 8,65 bilhões no período de janeiro a setembro, um resultado 5% superior ao ganho registrado para o acumulado de nove meses do ano passado. Entre outras notícias, o instituto privado Conference Board informou que o nível de confiança do consumidor americano na economia de seu país caiu para o seu menor nível em 41 anos. O índice apontou para 38 pontos, bem abaixo do dado revisado de setembro, de 61,4 pontos, e da projeção dos analistas de 52 pontos para o indicador.