O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quinta-feira (9/10) que conversou com seus homólogos de Brasil e Paraguai sobre a abertura dos mercados dos dois países aos produtos manufaturados bolivianos, diante da eventualidade da queda das exportações para os Estados Unidos.
"Conversei com o presidente Lula e com o presidente do Paraguai (Fernando Lugo) para que estes produtos não tenham apenas os mercados de Estados Unidos e Venezuela, e sim de outros países da região".
Morales afirmou que seu governo fixou a meta de encontrar destino para os produtos que até agora iam para os Estados Unidos, beneficiados pela lei de preferências tarifárias andinas ATPDEA.
Dos 377 milhões de dólares que a Bolívia exporta para os Estados Unidos, 64 milhões recebem tarifas preferenciais, também concedidas à Colômbia, Equador e Peru, como apoio a seus esforços no combate às drogas.
As relações entre La Paz e Washington estão em seu pior momento, após a expulsão dos diplomatas de ambos os lados. A Casa Branca também retirou a certificação da Bolívia de país que combate o narcotráfico.
A lei de preferências tarifárias (ATPDEA) termina em dezembro próximo e sua renovação ficará a cargo do novo presidente dos Estados Unidos.