As medidas tomadas por alguns dos principais bancos centrais do planeta não encontram ressonância nos mercados financeiros. Na Europa, nos EUA e, por consequência, no Brasil, as Bolsas de Valores desabam, em meio ao temor generalizado dos investidores com a perspectiva de uma recessão nas economias centrais, com desdobramentos para o restante do mundo.
"A redução orquestrada de juros promovida pelos BC da Europa e EUA, acompanhados por outros menos cotados, é uma tentativa de amenizar a crise de crédito e ganhar tempo. Não parece suficiente para um nem para outro", avalia José Francisco Gonçalves, economista-chefe do banco Fator, em seu comentário diário sobre mercados financeiros.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocede 3,23% e marca 38.844 pontos, em seu patamar mais baixo desde outubro de 2006. O giro financeiro é de R$ 2,45 bilhões.
No epicentro da crise, a Bolsa de Nova York sofre queda de 1,23%.
As duas primeiras horas da Bolsa foram bastante instáveis: a Bovespa teve forte queda nos primeiros negócios, mas chegou a esboçar uma reação, que durou pouco. Logo, o mercado brasileiro voltou a cair de forma acentuada, como tem sido "a regra" dos últimos pregões.
O dólar comercial é negociado a R$ 2,392 para venda, com forte avanço de 3,50%. A taxa de risco-país marca 423 pontos, número 3,42% acima da pontuação anterior.
O Banco Central já realizou três leilões de venda de dólares. O primeiro foi realizado às 10h13; o segundo, às 10h43, e o terceiro, às 11h29. As taxas aceitas pelo BC têm acompanhado os preços de mercado: R$ 2,4485; R$ 2,3700 e R$ 2,3560 (taxas de corte).
Na Europa, as principais Bolsas de Valores despencam: em Londres, o índice FTSE cai 5,13%, o Dax, índice de Frankfurt, cede 6,32%, enquanto o índice francês CAC perde 6,59%.