A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já inicia os negócios desta quarta-feira (8/10) afundando para o seu nível mais baixo em dois anos. Hoje, os principais bancos centrais do planeta anunciaram uma ação coordenada de corte dos juros locais, numa medida amplamente aguardada nos mercados financeiros. As Bolsas de Valores, no entanto, não mostram otimismo com as novidades: da Ásia à Europa, as ações desabam, com investidores nervosos, às voltas com a perspectiva de uma recessão nas maiores economias do planeta.
O Ibovespa, o índice da Bolsa que reflete os preços das ações mais negociadas, despenca 5,21% e desce para os 38.049 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 5,43%.
O dólar comercial é cotado a R$ 2,450 na venda, o que representa uma forte alta de 6,01% sobre a cotação de ontem. Trata-se do maior preço para a moeda americana, desde agosto de 2005.
O Federal Reserve (o banco central americano) reduziu a taxa básica de juros dos EUA de 2% para 1,5%, numa ação coordenada com bancos centrais europeus, a exemplo do BC britânico, que também reduziu sua taxa de juros em 0,50 ponto percentual, para 4,5%. Os outros bancos que agiram com redução em suas taxas de juros foram: o Banco do Canadá; o BCE (Banco Central Europeu); o Sveriges Riksbank (da Suécia); e o SNB (Banco Nacional da Suíça, na sigla em inglês). As autoridades monetárias redobram os esforços para combater os efeitos mais dramáticos da crise: primeiro, a paralisia na circulação de crédito, com injeções bilionárias e regulares de dinheiro no sistema bancário; segundo, aumentando as garantias dos depósitos bancários, de modo a acalmar a população e evitar uma cena bastante conhecida na época da crise de 29: a corrida aos bancos.