Jornal Correio Braziliense

Economia

Empresas começam a rever investimentos no País

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A coreana Hyundai anunciou nesta terça-feira (7/10) que está revendo seus planos de construir uma fábrica de máquinas pesadas no Brasil. "Com a escassez de crédito, as chances de se construir uma fábrica diminuem", diz Felipe Cavalieri, diretor da BMC, braço de máquinas da Hyundai no Brasil. "Porém, a alta do dólar torna mais necessária a produção interna, e é isso que vamos discutir com a matriz. É um momento de cautela." A posição da Hyundai ilustra o momento que atravessam praticamente todas as empresas no país. Quem não cancelou investimentos, faz, no mínimo, uma pausa para reavaliar o quadro, diante das incertezas no mundo econômico. "A única certeza é a de que 2009 será pior que este ano;, diz o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini. ;Mas, o quanto, ainda não sabemos." A empresa indiana Reliance, que negocia a instalação de uma fábrica de resinas plásticas e têxteis no complexo portuário de Suape, é outra que está revendo sua posição. O grupo pediu "alguns dias; ao governo de Pernambuco para dar continuidade à negociação. O projeto envolve investimentos de US$ 1,5 bilhão. O adiamento é para avaliar melhor o cenário da turbulência nos mercados financeiros dos EUA e da Europa e reavaliar seus planos de expansão. A informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. O Grupo Orsa, um dos maiores do setor brasileiro de embalagem de papelão e celulose, decidiu segurar um plano de aumento de capacidade de produção das fábricas programado para os próximos três meses. O projeto consumiria R$ 30 milhões mas, diante do "momento preocupante;, conforme define o presidente da empresa, Sérgio Amoroso, a decisão foi esperar mais um pouco. Para 2009, um novo aporte de R$ 80 milhões estava previsto, mas também será postergado.