A reação positiva que o mercado de ações de Wall Street exibiu inicialmente aos esforços do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para descongelar o mercado de crédito corporativo anunciados nesta terça-feira já perdeu força e os principais índices operam no negativo, pressionados mais uma vez pelo desempenho ruim do setor financeiro. Às 12h52 (de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,18%, o Nasdaq cedia 0,42% e S 500 operava em baixa de 0,20%.
A decisão do Fed de intervir no mercado de commercial paper, que as companhias usam para obter financiamento de curto prazo, pode ajudar a diminuir a escassez de crédito que prejudica não só as corporações, como também os governos locais e pessoas físicas. Dados do Fed mostram que o mercado de commercial papers norte-americano encolheu em um volume recorde de US$ 94,9 bilhões na semana terminada em 1º de outubro, para US$ 1,61 trilhão de dívida em circulação. Essa queda seguiu-se a um declínio de US$ 61 bilhões na semana anterior.
As instituições financeiras estão enfrentando uma "acentuada retração dos investidores e também continuam experimentando um forte movimento de fuga para a liquidez", com os credores aplicando seus recursos em períodos cada vez mais curtos, disseram analistas do banco JPMorgan em relatório.
Às 12h35 (de Brasília), as ações de bancos eram as que mais caíam. Citigroup recuava 4,37% e JPMorgan cedia 4,30%. Bank of America caía 14,87%, depois de anunciar ontem queda de 68% de seu lucro líquido no trimestre. Ações de outros setores, no entanto, avançavam. Em dia de ganhos dos contratos futuros de petróleo, ExxonMobil avançava 2,90% e Chevron, 1,24%. A fabricante de alumínio Alcoa, que divulga balanço hoje após o fechamento do mercado, subia 1,27%.