As Bolsas da Ásia voltaram a cair nesta terça-feira (7/10) após o dia que foi considerado o pior desde o início da crise financeira, no ano passado. Durante o pregão, os mercados chegaram a ensaiar uma recuperação reduzindo as perdas, mas ainda fecharam no vermelho.
As Bolsas de Austrália, Coréia do Sul e Malásia operavam no fim do dia em território positivo. Já a Bolsa de Valores de Tóquio (Japão) encerrou o dia com mais de 3% de queda, aos 10.155,90 pontos, após afundar mais de 5% durante o dia e ultrapassar a barreira dos 10.000 pontos do mercado.
"Os mercados permanecem em uma situação de pânico desde a semana passada, e muitos estão indo na direção do dinheiro", afirmou Koichi Ogawa, do Daiwa Asset Management. "Não é um movimento racional, pois há muita gente que não tem outra escolha senão vender".
De acordo com analistas, o mercado reagiu bem à injeção de mais um trilhão de ienes (US$ 9,847 bilhões) feito pelo BoJ (o banco central japonês) para aumentar a liqüidez no sistema bancário. Pouco tempo depois, animou os mercados a decisão do BoJ de manter as taxas de juros em 0,50%.
Na Austrália, a decisão do Reserve Bank of Australia (o BC do país) de cortar em 1 ponto percentual a taxa de juros animou os investidores. A taxa caiu para 6%, a menor desde 1992.
Na Coréia do Sul, a Bolsa de Seul fechou o dia com alta de 0,54%; em Sydney (Austrália), a aceleração de 1,17%; em Xangai (China), o mercado manteve as perdas, de 0,73%; a bolsa de Hong Kong ficou fechada devido a um feriado.
A leve recuperação nos mercados do continente ocorre um dia após as enormes perdas das Bolsas no Brasil, na Europa, nos EUA e na Ásia. O temor é de que a crise financeira, iniciada nos EUA, cause prejuízos também na Europa.