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Economia

Greve dos bancários segue no DF; decisão sobre nacionalização sai amanhã

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A greve dos bancários no Distrito Federal, iniciada no último dia 30 de setembro, segue sem previsão de término, informou nesta segunda-feira (6/10) o Sindicato dos Bancários de Brasília. Hoje, após passeata que saiu do Setor Bancário Sul e terminou diante do Ministério da Fazenda, a categoria votou em assembléia pela continuidade do movimento. Segundo o sindicato local, uma nova reunião será realizada amanhã às 18h, mas a tendência é de continuidade da paralisação. No país, unidades da federação que ainda não deflagraram greve também se reúnem em assembléia nesta terça para decidir se param a partir de quarta-feira (8/10). A orientação do comando nacional da categoria de cruzar os braços - dada em 1° de outubro - pode ser confirmada ou não. Além do Distrito Federal, outros locais do Brasil em que os bancários já decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado são Salvador (BA), Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará, Amapá, Sergipe, Goiânia (GO), Bauru (SP), e Irecê (BA). Em Porto Alegre e Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, só os funcionários da Caixa Econômica Federal pararam. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Brasília, a greve no DF segue com média de 75% de adesão, a mesma do início. Segundo o sindicato, são cerca de 20 mil bancários no DF. Participam do movimento principalmente os bancos públicos federais ; Caixa e Banco do Brasil. No Banco de Brasília (BRB) - vinculado ao governo local - e nos bancos privados a adesão é parcial, diz a entidade. Nesta segunda, após a passeata até a Esplanada dos Ministérios, os bancários entregaram um ofício ao secretário executivo adjunto da Fazenda, Francisco de Assis Leme Franco. O documento, direcionado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, pede a intervenção da pasta nas negociações com as diretorias do BB e da Caixa. Reivindicações Além de negociar diretamente com as instituições financeiras, os bancários dialogam também com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria rejeitou em assembléias por todo o país reajuste de 7,5% oferecido pela entidade, e pedem aumento real de 5% (o que significaria um reajuste nominal da faixa dos 13,5%), superior à inflação de 7,15% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos últimos 12 meses. Outras reivindicações são melhores pisos salariais e ampliação da Participação em Lucros e Resultados (PLR) dos bancos.
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