Jornal Correio Braziliense

Economia

Economistas acreditam em recessão nos EUA, mostra pesquisa

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A economia dos Estados Unidos pode cair em uma breve recessão, segundo dois terços dos economistas procurados pela americana Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês). A associação divulgou nesta segunda-feira os resultados de uma pesquisa elaborada entre 48 economistas e que aponta uma deterioração das expectativas entre eles. "Se as condições financeiras não melhorarem rapidamente, as perspectivas a curto prazo podem piorar de forma notória", disse em comunicado o presidente eleito da Nabe, Chris Varvares. Segundo esse grupo de economistas, se os mercados de crédito não recuperarem seu funcionamento normal, haverá uma recessão entre este mês e março. A média dos prognósticos dos 48 economistas da Nabe aponta um crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) nos Estados Unidos no terceiro trimestre deste ano. O dado oficial será publicado no fim deste mês. Apesar de dois terços dos economistas acreditarem que o país já sofre ou cairá em breve em recessão, feita uma média entre as previsões dos indagados, o relatório da Nabe prevê um crescimento ainda positivo, embora mínimo, no quarto trimestre deste ano, quando chegaria então a 0,1%. Como comparação, em maio esse grupo de economistas tinha previsto que a atividade econômica se expandiria 2,2% de julho a setembro e 2% nos três últimos meses do ano. Segundo as previsões da associação, a economia se recuperará em 2009, com crescimento de 1% no primeiro trimestre e de 2,7% no segundo. "O painel da Nabe prevê que um menor preço do petróleo, o fim da queda do preço do imóvel e um melhor funcionamento dos mercados financeiros devem permitir à economia retomar na segunda metade de 2009 um crescimento próximo a sua média histórica", afirmou Varvares. Os economistas da associação esperam que o desemprego suba 0,01%, para 6,2%, no quarto trimestre, e alcance no máximo 6,4% em 2009. Em outro relatório divulgado hoje, a associação empresarial The Conference Board calculou que o desemprego pode superar 7% na segunda metade de 2009.