Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas de NY abrem em queda com temor sobre crise

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As Bolsas de Nova York abriram em queda nesta segunda-feira (6/10), com os mercados americanos embarcando na onda de vendas de ações que atinge as principais bolsas do mundo esta manhã para evitar prejuízos maiores ("stop loss"). A aprovação do pacote de US$ 700 bilhões na semana passada pelo Congresso dos Estados Unidos não é suficiente para conter a crise de confiança nos bancos e nos mercados de crédito que se espalha pelo mundo. Às 10h35 (de Brasília), o índice Dow Jones recuava 2,04%, o Nasdaq-100 tinha baixa de 2,50% e o S 500 caía 2,27%. O acordo do governo dos EUA para comprar "ativos podres" deveria melhorar as condições de crédito no curto prazo e interromper a série de falências bancárias e de ajudas governamentais ao aliviar as pressões sobre a solvência das instituições. Mas, até agora, não há esse efeito. As taxas de juros no interbancário de curto prazo seguem subindo, um sinal de que o plano não está combatendo o problema imediato enfrentado por empresas e alguns Estados americanos para captar recursos. "Ninguém conseguirá curar todos os aspectos dessa crise de uma vez só", disse o operador sênior de ações da Keefe Bruyette & Woods, Peter McCorry. "A confiança é a principal questão do momento, e é a base de tudo para o que está ocorrendo". Outra razão para a debilidade das ações é a percepção de que a crise de crédito já empurrou as economias para além de um ponto de inflexão e que a recessão americana está quebrando o ritmo de rápido crescimento de alguns países da Ásia e Europa. Ações No campo corporativo, as ações da Hartford Financial Services subiam 5,8% no pré-mercado em Nova York, na contramão do restante, após a seguradora informar que recebeu um investimento de US$ 2,5 bilhões da alemã Allianz. O grupo também alertou que registrará grande prejuízo trimestral e anunciou um corte de 40% de seus dividendos. Wachovia perdia 3,9%. Segundo o jornal americano Wall Street Journal, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) está pressionando o Citigroup e o Wells Fargo a fechar um acordo para dividir a instituição entre si.