Jornal Correio Braziliense

Economia

TVs pagas podem perder 20% do faturamento sem a cobrança do ponto-extra

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As empresas de televisão por assinatura poderão perder em média 20% do faturamento com o fim da cobrança do ponto-extra, disse nesta sexta-feira (03/10) o presidente da NET, José Antônio Félix. Segundo Félix, algumas empresas chegaram a falar em uma perda de 50%. Durante debate no Conselho Consultivo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Félix chegou a dizer que a NET perderia R$ 250 milhões de um faturamento de R$ 800 milhões. Após o debate, porém, ele não quis confirmar a previsão. "Estou otimista de que não vamos perder", afirmou. A assessora jurídica da SKY, Roberta Westin, disse que a proibição da cobrança do ponto extra inibirá novos investimentos dessas empresas. Para o presidente da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), Alexandre Annenberg, o fim da cobrança poderá encarecer o serviço para o consumidor de renda mais baixa, que tem apenas um ponto em sua casa. "Os operadores vão deixar de instalar o ponto-extra e isso prejudica o consumidor. O consumidor de renda mais alta é que tem mais de um ponto nunca reclamou do custo do ponto adicional", afirmou. Na quarta-feira, a Anatel prorrogou por mais 30 dias a cobrança do ponto-extra. Isso porque a agência ainda não votou o texto final do regulamento que proíbe a cobrança pelo ponto adicional. No fim de julho, a agência apresentou proposta proibindo a cobrança pelo serviço. O documento ficou em consulta pública até o fim de agosto e, para que a agência tivesse prazo de votar a questão após a consulta pública, a cobrança pelo ponto-extra poderia ser feita por mais 60 dias, prazo que venceu nesta semana.