Jornal Correio Braziliense

Economia

BCE injeta mais US$ 50 bilhões no sistema bancário

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O BCE (Banco Central Europeu) injetou nesta sexta-feira (03/10) US$ 50 bilhões com vencimento na segunda-feira (6) e a uma taxas de juros marginal de 2,51%, em uma operação extraordinária para colocar liquidez. O BCE informou que 59 bancos participaram desta operação de refinanciamento e pediram US$ 82,901 bilhões. O banco europeu injetou ontem e na quarta-feira US$ 50 bilhões com um dia de vencimento. Além disso, na terça-feira, o BCE injetou à tarde US$ 30,74 bilhões a juros marginais de 0,5% e, de manhã, US$ 30 bilhões a uma alta taxa de juros marginal de 11%, com vencimento de um dia em ambos os casos. Nesta segunda-feira (29), o Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciou, em conjunto com o BCE e outros oito bancos centrais a ampliação de seus acordos de trocas recíprocas de divisas ("swap lines") para US$ 620 bilhões, contra um volume de US$ 290 bilhões anunciado inicialmente. As trocas feitas dessa forma permitem injetar liquidez em dólares nos mercados que controlam. Os demais bancos centrais envolvidos são: o Banco do Canadá; o Banco da Inglaterra (BC britânico); o Banco Nacional da Dinamarca; o Banco da Noruega; o Banco do Japão; o Reserve Bank (da Austrália); o Sveriges Riksbank (da Suécia); e o SNB (Banco Nacional da Suíça). A quebra do banco americano de investimentos Lehman Brothers e a do Washington Mutual (WaMu), no setor de empréstimos e poupança ("savings & loans") ocorreu em boa parte porque essas instituições não conseguiram encontrar fontes de crédito para financiar suas operações. O Lehman não encontrou crédito entre as instituições privadas e nem junto ao governo; acabou por pedir concordata. Já o WaMu conseguiu ser adquirido pelo banco JPMorgan Chase na semana passada. A seguradora AIG, uma das maiores instituições financeiras do mundo, obteve junto do Fed um empréstimo de US$ 85 bilhões --também atingida pela onda de desconfiança do setor financeiro sobre a solvência de algumas das empresas mais afetadas pela crise das hipotecas "subprime" (de maior risco).