As Bolsas de Nova York abriram em baixa nesta quinta-feira (2/10), com os investidores elevando o temor de recessão da economia dos Estados Unidos, após o Departamento de Trabalho do país ter anunciado que o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada cresceu em 1 mil, para 497 mil, o maior nível desde 29 de setembro de 2001. Para analistas, o dado é consistente com o início de uma recessão relativamente profunda.
Às 10h33 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,73%, o Nasdaq 100 recuava 0,86% e o S 500 tinha baixa de 0,75% - todos na pontuação mínima do dia até o momento.
"A mensagem é que a tendência básica da economia antes do choque recente já era pior do que esperávamos, que a economia estava ainda mais vulnerável quando o pânico bateu", disse o economista Zach Pandl. Ele espera que o taxa de desemprego nos EUA, que será divulgada amanhã, tenha atingido 6,8% "ou até um pouco mais" em agosto, depois de ficar em 6,1% em julho. "Esperamos que o PIB (Produto Interno Bruto) irá contrair por três trimestres consecutivos, a partir do terceiro trimestre", disse ele.
Os índices futuros de ações em Wall Street, no entanto, já operavam em baixa antes do indicador, mesmo após o Senado dos EUA ter aprovado ontem o pacote de resgate contra a crise financeira e apesar de o banco suíço UBS, um dos primeiros bancos atingidos pela crise das hipotecas de segunda linha (subprime), ter afirmado que terá lucro depois de quatro trimestres de prejuízos. Aprovado no Senado, o programa de ajuda deve ser votado até amanhã pela Câmara de Representantes dos EUA.
As ações do UBS subiram 0,8% no pré-mercado em Nova York. As do conglomerado industrial GE recuavam 7,1%, reagindo ao anúncio da companhia de que pretende vender pelo menos US$ 12 bilhões em ações ordinárias (ON).