Jornal Correio Braziliense

Economia

Greve dos bancários no DF continua amanhã; paralisação nacional ocorre no dia 8

;

Os bancários do Distrito Federal aprovaram, no início da noite desta quarta-feira (1°/10), a continuação da greve dos funcionários do setor no Distrito Federal por tempo indeterminado, após assembléia no Setor Bancário Sul. Uma nova reunião da categoria foi marcada para esta quinta, mas não terá caráter deliberativo:ocorre apenas para divulgação de informes sobre evolução do movimento. No Brasil, o Comando Nacional dos Bancários, vinculado à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) aprovou paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 8 de outubro. Entretanto, além do DF, cruzam os braços já a partir de amanhã trabalhadores do Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte, segundo informações do Sindicato dos Bancários local. Maior adesão nos bancos públicos Ainda de acordo com o Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, a adesão de funcionários ao movimento grevista aumentou nesta quarta com relação a terça-feira (30/09), quando foi deflagrada a greve: teria crescido de 70% para 75%. Nos bancos públicos, o apoio ao movimento foi notavelmente maior do que nos privados e no Banco de Brasília (BRB), ligado ao GDF. Segundo a entidade, 90% das agências do Banco do Brasil no DF fecharam as portas, bem como 95% das agências da Caixa Econômica Federal. Nos bancos privados e BRB, foi divulgado que a adesão foi "parcial", mas o Sindicato dos Bancários não forneceu números detalhados. Existem, aproximadamente, 20 mil bancários no DF segundo informações do sindicato representativo da categoria. No Brasil, são mais de 400 mil de acordo com a Contraf. Reivindicações Os bancários do país rejeitaram reajuste de 7,5% oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e reivindicam aumento real de 5%, sobrepondo a inflação dos últimos 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficou em 7,15%. A categoria também quer melhores pisos salariais; ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); vale-refeição de R$ 17,50; cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415); mais segurança nas agências e mais contratações.