A greve dos bancários continua por tempo indeterminado em agências de dois estados - Rio de Janeiro, Maranhão -, e três capitais - Brasília, Porto Alegre e Salvador -, segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Os bancários de Rio de Janeiro, Brasília e Salvador decidiram em assembléias denesta terça (30/09) continuar a greve por tempo indeterminado. Em Porto Alegre, a decisão de continuar a paralisação foi apenas dos funcionários da Caixa Econômica Federal. Segundo a Contraf, novas assembléias serão realizadas no final do dia para avaliar o movimento.
No Maranhão, continuam paralisados por tempo indeterminado as agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Ontem, segundo a entidade, bancários de 22 capitais e bases territoriais de 126 sindicatos da categoria em todo o país pararam por 24 horas, como forma de pressionar os bancos a apresentar nova proposta de reajuste salarial.
Os trabalhadores podem parar por tempo indeterminado em todo o país a partir do dia 8, se não houver negociação com os bancos.
No país, são 434 mil bancários em campanha salarial, sendo que 120 mil trabalham em São Paulo, Osasco e região. O comando nacional dos bancários, que representa a categoria nas negociações salariais, rejeitou o reajuste de 7,5% oferecido pelos bancos para os salários, pisos salariais e demais verbas trabalhistas -como vale-refeição, alimentação e auxílio-creche. O percentual é considerado insuficiente pela categoria porque serviria apenas para repor a inflação acumulada de 7,15% (medida pelo INPC do IBGE) no período de setembro de 2007 a agosto deste ano e não contemplaria aumento real. Os funcionários dos bancos pedem 5% de aumento real, vale-alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.