A perspectiva de que o plano de resgate financeiro dos EUA seja votado no Senado americano ainda nesta quarta-feira (1/10) traz novo ânimo para os mercados financeiros. As Bolsas asiáticas fecharam em alta enquanto as européias avançam. Em um ambiente de negócios marcado pela cautela, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda.
O principal índice da Bolsa, o Ibovespa, desvaloriza 1,05% e atinge os 49.018 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 7,63%, num dia em que os mercados revisaram o "pânico" de segunda-feira.
O dólar comercial é cotado a R$ 1,911 na venda, o que representa um acréscimo de 0,42% sobre a cotação de ontem.
As Bolsas asiáticas já acusaram algum otimismo dos investidores com a possível aprovação de que o plano de US$ 700 bilhões seja votado ainda hoje. Em Tóquio, a Bolsa local fechou em alta de 0,96%. Na Europa, a Bolsa de Londres sobe 1,75%, enquanto em Frankfurt, o índice Dax cede 0,75%.
Na segunda-feira, a rejeição do pacote de US$ 700 bilhões na Câmara dos Representantes (deputados) gerou a derrocada generalizada dos mercados financeiros. Enquanto a Bolsa de Nova York registrou o pior tombo de sua história, a Bolsa brasileira despencou 9,6%, não sem antes cair quase 14%.
Desta vez, o Senado tomou a liderança do processo e prevê votar ainda hoje, provavelmente no final do dia, um projeto de lei revisado sobre o plano anticrise, invertendo excepcionalmente o processo legislativo nos EUA. O plano do secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, redigido após longas negociações entre parlamentares de ambos os partidos e o governo Bush, foi rejeitado devido, principalmente, à oposição da maioria da bancada republicana. Ontem, o presidente dos EUA, George W. Bush, pediu urgência ao Congresso. Hoje foi a vez do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet. Ele afirmou que o Congresso americano deve "salvar" o pacote de resgate financeiro que deve restaurar a confiança no sistema financeiro global.