Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa fecha em alta de 7,63%, aos 49.541 pontos

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À espera de um acordo nos EUA para votar o plano de resgate financeiro, os investidores voltaram às compras, em busca de ações que ficaram baratas demais. Esse movimento de "busca de barganhas" permitiu que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrasse o pregão desta terça-feira (30/09) com forte alta. No entanto, o ganho de hoje não foi suficiente para recuperar nem as perdas de ontem, nem a desvalorização acumulada no mês. O termômetro da bolsa, o Ibovespa, valorizou 7,63% no fechamento e atingiu os 49.541 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,87 bilhões, abaixo da média do mês (R$ 5,5 bilhões/ dia) e do ano (R$ 5,9 bilhões). No mês, a Bolsa ainda acumula perda de 11%. O dólar comercial foi negociado a R$ 1,904 na venda, em forte decréscimo de 3,15%. A taxa de risco-país marca 305 pontos, número 8,13% abaixo da pontuação final de ontem. Europa Na Europa, as principais bolsas de valores concluíram os negócios em terreno positivo, a exemplo de Londres (alta de 1,73%), Paris (ganho de 1,98%) e Frankfurt (avanço de 0,41%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 3,30%. Em Nova York, a Bolsa local ganhou 4,68%. Arcordo Hoje, o presidente dos EUA, George W. Bush, voltou a falar em cadeia nacional e afirmou que deve se reunir com líderes congressistas. Ele disse que a situação "pode piorar a cada dia" e pediu urgência para o Congresso americano acerca de um novo acordo. Depois de duras críticas e intensas negociações, o pacote, apresentado no último dia 20 pelo Departamento do Tesouro como um texto de três páginas, tornou-se um documento de mais de 100 páginas, com os acréscimos e detalhamentos a que foi submetido pelos congressistas. Mesmo assim, a proposta parou na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados dos EUA), derrubada por uma estreita margem - 228 votos contra e 205 a favor. A derrubada da proposta causou colapso nos mercados americano e brasileiro: o índice Dow Jones teve queda durante o dia de 777,68 pontos, maior recuo em pontuação na história do indicador. Na Bovespa, o dia encerrou em baixa de quase 10%. Uma corrente de analistas ainda está relativamente "otimista" e conta com a definição de novos acordo e projeto, com reais condições de ser aprovado nesta semana pelos congressistas americanos. Ao mesmo tempo, lembram que os bancos centrais das maiores economias do planeta continuam agindo para debelar a crise. Ontem, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou uma injeção extra de recursos nos bancos da ordem de US$ 150 bilhões. Hoje, o Banco do Japão liberou US$ 19 bilhões, em sua décima injeção de capital para acalmar os mercados.