Os bancários cruzaram os braços nesta terça-feira (30/09) em São Paulo e ao menos outros 17 estados brasileiros. O balanço final só deve sair no inicio da noite. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os trabalhadores podem parar por tempo indeterminado a partir do dia 8, se não houver negociação com os bancos.
No país, são 434 mil bancários em campanha salarial -sendo que 120 mil trabalham em São Paulo, Osasco e região. Segundo o sindicato de São Paulo, a greve teve adesão em 220 pontos, entre agências e prédios administrativos, abrangendo cerca de 10 mil bancários. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), não se posicionou ou confirmou o número de funcionários parados.
Distrito Federal
Enquanto estados como São Paulo e Bahia aprovaram ontem paralisações de 24h, o Distrito Federal, onde há cerca de 20 mil bancários, aprovou suspensão das atividades por tempo indeterminado, e deve fazer nova assembléia esta noite que pode manter ou reverter a decisão.
Reivindicações
O comando nacional dos bancários, que representa a categoria nas negociações salariais, rejeitou o reajuste de 7,5% oferecido pelos bancos para os salários, pisos salariais e demais verbas trabalhistas -como vale-refeição, alimentação e auxílio-creche. O percentual é considerado insuficiente pela categoria porque serviria apenas para repor a inflação acumulada de 7,15% (medida pelo INPC do IBGE) no período de setembro de 2007 a agosto deste ano e não contemplaria aumento real. Os funcionários dos bancos pedem 5% de aumento real, vale-alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição de R$ 17,50 por dia. Os serviços de auto-atendimento das agências bancárias funcionam normalmente.