Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo sobe em NY e volta a patamar de US$ 100

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O preço do petróleo avança nesta terça-feira, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), para acima dos US$ 100. O mercado recupera, em parte, as perdas de ontem, quando a cotação chegou a recuar quase 10%. Expectativas de que o plano de resgate financeiro do governo dos Estados Unidos seja aprovado sustenta os ânimos dos investidores. Às 15h06 (horário de Brasília), na Nymex, os contratos do barril de petróleo cru para entrega em novembro subia 3,96%, para US$ 100,19, em relação ao fechamento anterior. A cotação máxima hoje chegou a US$ 101,40 e a mínima, a US$ 93,36. Na jornada anterior, o barril desvalorizou 9,8%, a maior queda em quase sete anos. Hoje, o preço da commodity recupera o terreno perdido, apesar do fortalecimento do dólar diante do euro, o que encarece as compras de petróleo e de outras matérias-primas negociadas na moeda norte-americana. O euro era negociado a US$ 1,4083, ante os US$ 1,4441 do dia anterior. Em pronunciamento, nesta segunda-feira, o presidente dos EUA, George W. Bush, assegurou que a derrota do pacote de US$ 700 bilhões ontem na Câmara "não é o final do processo legislativo". Ele pediu que o plano seja aprovado e classificou o momento da economia norte-americana como crítico. "A realidade é que estamos em uma situação de urgência e as conseqüências serão piores a cada dia se não agirmos", afirmou Bush, no quarto pronunciamento na TV em menos de uma semana, sobre a crise financeira no país. "Estamos em um momento crítico de nossa economia (...) Reconheço que essa é uma votação difícil para o Congresso. Ninguém gosta de ver a economia chegar a esse ponto", disse o presidente, que destacou ser preciso urgência para atacar a crise. Os deputados norte-americanos rejeitaram o pacote de resgate dos bancos por 228 votos contra (a favor foram 205 votos), o que originou uma queda histórica em pontos da Bolsa de Nova York. Os investidores seguem atentos aos avanços e retrocessos do plano em Washington. A aprovação ou não do resgate financeiro influencia as perspectivas sobre a demanda do petróleo e dos combustíveis nos EUA e em nível mundial. A reprovação do pacote de socorro pode significar o encolhimento ainda maior da atividade econômica e do consumo de combustíveis. Os operadores também estão atentos aos dados sobre as reservas americanas de petróleo, que devem ser divulgadas nesta quarta-feira (1° de outubro). Analistas projetam aumento dos estoques.