Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa acelera e sobe 4,36%; dólar recua 1,98%, a R$ 1,927

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) consegue manter o ritmo de recuperação nos negócios desta terça-feira (30/09). Em uma trégua da crise financeira, as principais Bolsas internacionais ganham terreno, após as perdas históricas registradas ao longo do "pânico" de ontem. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valoriza 4,35% e alcança os 48.028 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,10 bilhões. As ações líderes da Bolsa apuram fortes ganhos: a ação preferencial da Petrobras sobe 3,96% enquanto a ação da Vale dispara 5,61%. O dólar comercial é cotado a R$ 1,927 na venda, em decréscimo de 1,98%. A taxa de risco-país marca 311 pontos, número 6,32% mais baixo que a pontuação anterior. Na Europa, as principais Bolsas de Valores concluíram os negócios em terreno positivo, a exemplo de Londres (alta de 1,73%), Paris (ganho de 1,98%) e Frankfurt (avanço de 0,41%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York apresenta valorização de 2,55%. Hoje, o presidente dos EUA, George W. Bush, voltou a falar em cadeia nacional e afirmou que deve se reunir com líderes congressistas. Ele disse que a situação "pode piorar a cada dia" e pediu urgência para o Congresso americano. O plano original, apresentado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, já havia sido alvo de críticas, inclusive do mercado. Analistas não apreciavam o fato de que o projeto de lei em tramitação no Congresso parcelava a liberação dos US$ 700 bilhões pedidos pelo Tesouro. Mesmo com esses problemas, o projeto era considerado a única saída em vista para acalmar os investidores. Com a rejeição do projeto de lei, o pânico tomou conta dos mercados. A Bolsa de Nova York teve a pior queda de sua história. Na Bovespa, o mecanismo do "circuit-breaker" (utilizado para limitar oscilações) foi acionado, o que não ocorria desde 1999, e o índice Ibovespa chegou a cair 13,8% no pior do momento do dia. Uma corrente de analistas ainda está relativamente "otimista" e ainda conta com a definição de um acordo, e de um novo projeto, com reais condições de ser aprovado nesta semana pelos congressistas americanos. Ao mesmo tempo, lembram que os bancos centrais das maiores economias do planeta continuam agindo para debelar a crise. Ontem, o Federal Reserve (banco central dos EUA) anunciou uma injeção extra de recursos nos bancos da ordem de US$ 150 bilhões. Hoje, o Banco do Japão liberou US$ 19 bilhões, em sua décima injeção de capital para acalmar os mercados.