As Bolsas de Nova York abriram em alta nesta terça-feira (30/09), tentando recuperar parte das perdas de ontem, causadas pela rejeição na Câmara dos Estados Unidos do pacote de US$ 700 bilhões para ajudar o sistema financeiro americano. Às 10h33 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 2,11%, o Nasdaq 100 avançava 2,60% e o S 500 tinha ganhos de 2,61%.
A recuperação de algumas ações de bancos contribui para a abertura em alta do mercado acionário, bem como o otimismo de que algum pacote para ajudar o setor deve ser aprovado. Em pronunciamento feito esta manhã, o presidente George W. Bush disse que a rejeição da proposta na Câmara não encerrará a intenção do governo de lançar um plano de resgate, afirmando ser urgentemente necessário para evitar conseqüências muito ruins à economia.
As bolsas na Europa também ensaiam recuperação, especialmente com expectativas de que os bancos centrais pelo mundo irão cortar o juro para promover uma rápida recuperação da economia global e para melhorar o sentimento dos investidores.
Hoje, os investidores também estarão de olho nos indicadores econômicos a serem divulgados para avaliar a situação da economia, especialmente o setor imobiliário, cuja desaceleração provocou os problemas no sistema financeiro que o Congresso tenta reverter.
O índice composto de preços dos imóveis Case-Shiller registrou queda recorde de 17,5% para dez cidades em julho em relação ao mesmo mês do ano passado e de 16,3% para 20 cidades. Os índices são utilizados para avaliar os preços dos imóveis nos EUA e caem pelo décimo mês seguido. Mais tarde, os investidores acompanham o índice de gerentes de compra sobre atividade no setor industrial em Chicago e a confiança do consumidor.
Ações
As ações de bancos ganharam no pré-mercado em Wall Street. Citigroup e Wells Fargo subiram 6% cada. O Sovereign Bancorp saltou 33%, depois que fontes disseram ao jornal americano Wall Street Journal que o banco planeja nomear um novo presidente-executivo ainda hoje. Ontem, as ações do banco despencaram 72%.
A seguradora Genworth Financial anunciou que está explorando opções para seu braço de seguro de hipotecas, incluindo uma divisão. Há duas semanas, a empresa disse que estava confortável com a posição de capital da unidade, posição reiterada hoje pelo presidente-executivo, Michael D. Fraizer. Ele observou que a instituição é a única seguradora de hipotecas com nota de risco de crédito (rating) AA e uma possível divisão permitiria que a unidade "atingisse todo seu potencial e otimizasse o valor dos acionistas". Ontem, as ações da Genworth caíram 39%. No pré-mercado, o papel teve alta de 22%.