O relatório das atividades bancárias referentes ao mês de agosto, divulgado nesta segunda-feira (29/09) pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), mostrou que a taxa de inadimplência cresceu cerca de 3%, na comparação com o mês de julho.
Para o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, o dado, no entanto, não reflete preocupação no momento. "Consideramos a taxa estável e, no momento, não há preocupação com a inadimplência bancária", disse.
Segundo Sardenberg, a inadimplência pode se tornar um problema caso haja uma redução considerável da atividade econõmica interna. "Se o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficar em 2% haverá um problema. Caso contrário, a inadimplência será compatível com o crescimento de 3% a 3,5%", observou.
O economista acredita que, com a taxa de inadimplência, os bancos terão mais cautela em conceder crédito. "Os créditos diminuirão e haverá uma pequena redução nos prazos. A tendência do sistema é ser mais criterioso", afirmou.