O presidente George W. Bush prometeu atacar "frontalmente" a crise com ajuda de seus conselheiros econômicos e disse estar muito decepcionado com a derrota do plano de resgate financeiro sofrida na votação desta segunda-feira na câmara de deputados.
"Fiquei desapontado com a votação do plano de resgate econômico. Nós elaboramos um plano que era grande porque temos um grande problema", afirmou Bush durante seu encontro com o presidente ucraniano Viktor Yushchenko.
A Casa de Representantes (Câmara dos Deputados) americana rejeitou nesta segunda-feira (29/09) o plano de resgate financeiro dos bancos proposto pelo secretário do Tesouro de George W. Bush, Henry Paulson, o que levou Wall Street e as bolsas mundiais a despencarem.
O plano, aprovado depois de vários dias de negociações entre os legisladores do Congresso e a administracão Bush, foi rejeitado por 228 votos contra e 205 a favor, a maioria da bancada republicana.
Numa reação imediata, a Bolsa de Nova York acentuou sua queda com o Dow Jones perdendo 6,47% (cerca de 700 pontos), e o Nasdaq 8,26%.
No meio da tarde o Dow Jones Industrial Average (DJIA) retrocedia 720,50 pontos, a 10.422,63 pontos. Se confirmada a tendência, essa será a queda mais forte do índice principal de Wall Street jamais registrada.
O índice tecnológico Nasdaq cedia 180,42 pontos, a 2.002,92 pontos, e o índice da Standard & Poor's 500 8,30% (100,73 pontos), a 1.112,54 pontos.
Na América Latina, a queda das bolsas também foi espetacular: a bolsa de Valores de São Paulo, o maior mercado da região, suspendeu suas operações quando seu principal indicador, o Bovespa, perdia mais de 10%.