WASHINGTON - O secretário americano do Tesouro, Henry Paulson, assim como líderes democratas do Congresso, anunciou na manhã deste domingo (28/09) "avanços importantes" para a assinatura do plano de resgate do sistema bancário antes da abertura dos mercados financeiros na segunda-feira.
"Trabalhamos muito duro sobre a questão", declarou Henry Paulson, em entrevista à imprensa. "Conseguimos progressos importantes para um acordo que funcionará e será eficaz para os mercados e para todos os americanos", acrescentou.
No entanto, alguns parlamentares que participam das negociações afirmaram que o acordo "ainda deve ser ajustado no papel". As equipes devem ainda passar toda a noite finalizando o acordo.
"Conseguimos avanços importantes", disse a presidente democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. "Devemos chegar a um acordo, colocá-lo no papel, para podermos adotá-lo formalmente, por um voto", acrescentou.
O chefe da maioria democrata no Senado, Harry Reid, previu um anúncio formal sobre a situação mais tarde neste domingo.
A administração Bush quer adotar urgentemente o plano de resgate dos bancos, no valor de US$ 700 bilhões, mas se opôs às ressalvas de seu próprio partido republicano, que não vê com bons olhos esta intervenção, única na história americana, do Estado no setor privado.
Obter a aprovação do plano no Congresso antes da abertura das Bolsas é vital para a administração Bush, para acalmar os mercados e estabilizar o sistema financeiro. O secretário do Tesouro, presente nas reuniões, deixou o Congresso no início da noite de sábado, sem dar declarações.
Sábado à tarde, Nancy Pelosi falou que tinha esperanças de assinar este acordo domingo, destacando que as modificações já haviam sido feitas ao projeto de Paulson.
Ela citou principalmente as disposições que concedem aos contribuintes partes desta compra que o Estado, daqui um tempo, pode revender e obter ganhos, assim como uma mudança do sistema de compensação financeira dos dirigentes de empresas.
Em seu programa semanal de rádio, o presidente George W. Bush pediu novamente a adoção deste plano. "Se fosse possível deixar quebrar todas as sociedades de Wall Street sem que isso atingisse vocês e suas famílias, eu o faria", declarou o presidente. "Mas isso não é possível", acrescentou, indicando que uma pane do sistema financeiro se traduziria em dificuldades financeiras para muitos americanos.
As autoridades temem uma recessão maior se os bancos, em dificuldades pelas apostas ruins que fizeram nos "subprimes", não conseguirem mais alimentar a economia em créditos, provocando desaquecimento e desemprego.