As taxas de juros cobradas dos consumidores aumentou 0,7 ponto percentual em agosto, atingindo 52,1% ao ano. Foi a maior taxa desde janeiro de 2007, quando os juros médios às pessoas físicas estavam em 52,3%. Para as empresas, os juros também aumentaram e atingiram 28,3% ao ano, retornando aos patamares de 2006.
No cheque especial, os juros chegaram a 166,4% ao ano, subindo 3,7 pontos percentuais em agosto. No crédito pessoal, os juros passaram de 53,6% em julho para 54,5% ao ano em agosto, voltando aos níveis de fevereiro de 2007. No crédito direto ao consumidor (CDC), usado para compras de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, os juros aumentaram 1,3 ponto percentual para 59,2% ao ano, a maior taxa desde janeiro de 2007.
Para as pessoas físicas, a única taxa que recuou em agosto foi a de financiamento de veículos, mesmo assim de apenas 0,2 ponto percentual, ou seja, de 33,5% para 33,3% ao ano.
Apesar do forte aumento dos juros, os brasileiros continuaram se endividando como nunca. No total, os débitos dos consumidores cresceram 1,5% em agosto, totalizando R$ 375,1 bilhões. No total, as operações de crédito do Brasil atingiram R$ 1,110 trilhão em agosto, o correspondente a 38% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas em um ano pelo país.