O IPCA-15 teve alta de 0,26% em setembro, abaixo do 0,35% registrado em agosto, informou nesta quarta-feira (24/09) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A desaceleração nos preços dos alimentos voltou a ser o fator principal na redução do índice. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,96%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice tem alta de 6,20%, abaixo dos 6,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A alta acumulada do IPCA-15 nos meses de julho, agosto e setembro é de 1,24%, ainda acima dos 0,95% verificados em igual período em 2007.
Neste mês, o índice referente ao grupo Alimentação e Bebidas teve deflação de 0,25%, ante alta de 0,25% observados em agostoo. No ano, os alimentos têma alta acumulada de 10,52% no indicador.
A principais quedas entre os alimentos foram notadas no tomate (-38,41%), batata-inglesa (-8,84%), leite pasteurizado (-4,48%) e óleo de soja (-4,08%). Também apresentaram redução relevante o feijão preto (-2,76%), arroz (-1,67%), macarrão (-1,50%) e pão francês (-1,08%).
Ao mesmo tempo, o custo da refeição fora acelerou de 0,94% para 1,48% em setembro. Outras altas constatadas no IPCA-15 de setembro foram nos preços da cebola (de 1,49% para 6,11%), frutas (de 0,65% para 3,70%) e cerveja (de 0,79% para 1,30%). Nas regiões pesquisadas, a principal queda entre os alimentos foi observada em Recife (-0,88%), seguido por Goiânia (-0,75%) e Fortaleza (-0,72%).
Os produtos e serviços investigados registraram alta de 0,38% em setembro, semelhante ao que foi observado no mês anterior. Subiram os custos com habitação (0,62%), artigos de residência (0,44%) e vestuário e saúde (ambos com alta de 0,42%).
A principal pressão veio da alta de 1,05% da taxa de água e esgoto, influenciada peos reajustes nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (6,88%) e São Paulo (0,35%). A tarifa de telefone fixo registrou elevação de 0,85%, refletindo ainda reajuste autorizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no final de julho.
Os preços do cigarro subiram 3,67%, assim como os custos com artigos de limpeza (1,66%), cabelereiro (1,06%), produtos de higiene pessoal (0,90%), condomínio (0,66%), aluguel residencial (0,62%) e gasolina (0,30%).
Entre as 11 regiões pesquisadas, a maior alta foi notada em Goiânia (0,66%), influenciada pelo aumento da gasolina (10,44%) e do álcool (16,54%). Também tiveram alta acima da média nacional Belém (0,54%), Porto Alegre (0,51%) e São Paulo (0,35%). Em sentido inverso, Brasília registrou deflação de 0,29%. O IPCA-15 verificou os preços coletados de 14 de agosto a 12 de setembro, que foram comparados aos vigentes entre 15 de julho e 13 de agosto. O indicador investiga famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Curitiba, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre, além de Brasília e do município de Goiânia.