As Bolsas de Nova York abriram em baixa nesta segunda-feira (22/09), com os investidores cautelosos e à espera de mais detalhes sobre o plano do governo dos Estados Unidos de gastar US$ 700 bilhões com a compra de ativos hipotecários podres das instituições financeiras que atuam nos país. O mercado pergunta-se, entre outras coisas, se os bancos que venderem esses ativos estarão sujeitos a regras mais rígidas ou forçados a encontrar mais capital ou se haverá qualquer compartilhamento de ganhos e perdas.
Às 10h38 (de Brasília), o Índice Bovespa caía 0,45%, o Nasdaq 100 recuava 0,90% e o S 500 tinha baixa de 0,81%.
No cenário corporativo, os destaques vieram dos anúncios de que a instituição financeira japonesa Mitsubishi UFJ Financial Group poderá comprar uma fatia de até 20% no banco de investimento Morgan Stanley e da informação de que a empresa do setor de tecnologia Microsoft lançou um programa de recompra de ações de US$ 40 bilhões.
O preço por ação que o Mitsubishi irá pegar será decidido após uma análise (due diligence), mas o investimento máximo não deverá passar de US$ 8,4 bilhões. Já a Microsoft anunciou que fará um programa de recompra de ações de US$ 40 bilhões, ao longo dos próximos cinco anos. A empresa também elevou seu dividendo trimestral em 18% e disse que está confiante no crescimento no longo prazo.
Ainda no setor, a Hewlett-Packard (HP) disse que seu conselho autorizou recompras de ações ordinárias (ON) em circulação no valor de US$ 8 bilhões. Essas operações deverão acontecer de tempos em tempos, aproveitando oportunidades de mercado e para compensar a diluição causada por emissões de ações emitidas sob planos de ações para os funcionários.
No setor financeiro, as ações do britânico Barclays caíam 11% no pré-mercado em Wall Street, depois de ter tido suas ações rebaixadas pelo JP Morgan de neutra para abaixo da média do mercado. Também no pré-mercado, Microsoft subia 5%, HP avançava 1,4% e Morgan Stanley disparava 13%.